Otoplastia I Correção de orelhas de abano

Em geral, a otoplastia é considerada uma cirurgia segura quando realizada por um cirurgião plástico qualificado e num ambiente adequado, como uma clínica ou hospital. No entanto, como em qualquer procedimento cirúrgico, existem riscos associados que devem ser considerados. A segurança da otoplastia depende de vários fatores, incluindo a saúde geral do paciente, o cumprimento das instruções pré e pós-operatórias, a habilidade do cirurgião e as condições do ambiente cirúrgico.

Sim, a otoplastia pode ser realizada em apenas uma orelha, caso haja uma assimetria ou deformidade específica numa delas. Embora muitas vezes a otoplastia seja associada à correção de ambas as orelhas, é uma cirurgia personalizada, e as necessidades de cada paciente podem variar.

A otoplastia não é necessariamente um procedimento destinado a reduzir o tamanho das orelhas, mas sim a corrigir deformidades ou alterar a forma das orelhas, para melhorar a sua estética. O procedimento é frequentemente associado à correção de orelhas proeminentes, também conhecida como orelhas de abano. Na otoplastia, o cirurgião plástico pode realizar diferentes técnicas para atingir os objetivos desejados, e isso pode incluir a remoção, o reposicionamento ou a modelagem da cartilagem auricular.

Esta intervenção pode ser realizada a partir dos 7 anos quando a orelha já esta desenvolvida. Os resultados desta intervenção numa fase precoce tendem a ser mais satisfatórios e, em simultâneo, têm um impacto muito positivo em idade escolar, altura em que a fobia social e o bullying podem ser devastadores para a criança.

Sim, a otoplastia pode ser realizada em idade adulta. Embora muitas otoplastias sejam realizadas em crianças, é possível submeter-se a esse procedimento em qualquer idade, desde que o paciente esteja fisicamente saudável. A cirurgia geralmente envolve a remodelação da cartilagem da orelha para criar uma aparência mais natural e menos proeminente. A decisão de realizar a otoplastia em idade adulta pode depender das preocupações estéticas do paciente ou de questões psicológicas relacionadas à autoestima.

O pós-operatório geralmente não causa desconforto significativo ou interrupções nas atividades diárias. É recomendado usar uma fita nas orelhas à noite nos primeiros 30 dias após a cirurgia.

Sim, é possível – é esse mesmo um dos objetivos da Otoplastia. A cirurgia vai modelar as estruturas cartilagíneas que “empurram” a orelha para a frente, portanto vai trazer a orelha para “trás” e aproximá-la da cabeça. Em simultâneo, a cirurgia também permite melhorar o contorno da orelha e recriar as pregas naturais que por vezes estão apagadas.

“Orelhas de abano” é uma expressão utilizada para descrever orelhas que têm uma forma mais proeminente, destacando-se da cabeça. Geralmente, as orelhas de abano são mais afastadas da cabeça e possuem uma curvatura mais pronunciada, o que faz com que se assemelhem às orelhas de algumas espécies de animais, como coelhos.

Nos primeiros 6 meses de vida o bebé ainda se encontra sob a influência das hormonas maternas e, portanto, ainda é possível “modelar” a cartilagem das orelhas. Nesta idade, a utilização de um molde indolor posicionado sobre a orelha do bebé pode ajudar a estabilizar a estrutura da orelha na posição pretendida. A colocação de faixas compressivas ou o cumprimento de certas posições para dormir deve ser sempre monitorizado por um profissional de saúde, pois a supervisão inadequada pode resultar em consequências adversas.

O resultado da otoplastia é geralmente considerado permanente, e as orelhas normalmente não retornam à sua condição pré-cirúrgica. No entanto, é importante notar que, como em qualquer procedimento cirúrgico, existem alguns fatores a serem considerados:
– Crescimento das crianças: Se a otoplastia for realizada numa criança antes do final do crescimento das orelhas, pode haver uma influência do crescimento natural nas características da orelha ao longo do tempo. Portanto, em alguns casos, pode ser preferível adiar a cirurgia até que a criança atinja uma idade em que o crescimento da orelha seja mais estável.
– Envelhecimento: O envelhecimento natural pode afetar a aparência das orelhas ao longo do tempo, assim como afeta outras partes do corpo. No entanto, isso não significa que as orelhas retornarão à condição inicial antes da cirurgia.
– Complicações: Complicações pós-operatórias, como hematoma não tratado, infecções graves ou outros problemas, podem impactar o resultado da cirurgia. Seguir rigorosamente as instruções do cirurgião plástico durante o período de recuperação é essencial para evitar complicações.
– Mudanças na Peso: Alterações significativas no peso corporal podem influenciar a aparência geral do corpo, incluindo as orelhas. Manter um peso estável pode contribuir para a manutenção dos resultados obtidos com a otoplastia.

É crucial que os pacientes sigam todas as orientações do cirurgião plástico após a otoplastia para otimizar a cicatrização e preservar os resultados alcançados.

Indivíduos que se enquadram nas seguintes categorias geralmente devem reconsiderar ou adiar a otoplastia:

• Condições médicas graves: Pessoas com condições médicas graves, como problemas cardíacos não controlados, diabetes não controlada, ou condições autoimunes graves, podem ter um risco aumentado de complicações durante a cirurgia e recuperação.
• Problemas de Cicatrização: Indivíduos com histórico de má cicatrização, cicatrizes hipertróficas ou queloides podem enfrentar complicações na formação de cicatrizes após a otoplastia.
• Infecções Ativas: Se uma pessoa estiver atualmente lutando contra uma infecção, é geralmente recomendável adiar a cirurgia até que a infecção esteja totalmente resolvida.
• Expectativas Irrealistas: Pessoas com expectativas irreais sobre os resultados da cirurgia ou que buscam a otoplastia para agradar a outras pessoas, em vez de satisfazer as suas próprias necessidades, podem não ser bons candidatos.
• Gravidez: As mulheres grávidas são desencorajadas de realizar cirurgias eletivas, incluindo a otoplastia, devido às mudanças hormonais e ao risco potencial para o feto.